quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Hoje.

Hoje acordei e não sabia se estava vivo.
Meus pensamentos cheios de calos, queimavam em minha mente...
Não sei onde estou, não sei que dia é, nem sequer que horas são.
Senti uma enorme vontade de acender um cigarro e melhorar o meu dia,
mas tudo o que eu conseguia fazer era ter raiva,
raiva de quem? raiva do que?
Não sei, apenas senti.
A vontade que eu tenho é de ver todos os meus vícios pelo ralo
e que meus problemas os acompanhem, eu quero mentir pra mim mesmo
e dizer que isso me faz bem, eu quero passar mais um dia com um sorriso
no rosto enganando a dor que aperta meu peito.
Não consigo escrever nada além destas linhas sem rima e sem afeto,
não consigo achar o meu caminho, o meu caminho de volta. Eu apenas sei.
Eu engano. Eu sinto. Eu vivo e morro.
Hoje eu acordei e não sabia se estava vivo.
Hoje acordei e não vivi.

Kaio Bueno

sábado, 21 de novembro de 2009

Metade da Goiaba

No piscar dos alertas, na pausa para transparecer, no molhar
dos pés e no arrepiar sinto-me desamparado e faltoso de
fortes abraços dados por quem possui um leve sabor doce
em seu perfume delicado.
O calor dos abraços esquenta o coração e o faz agir por outra
direção, tornando-o forte, preparado para as futuras pancadas,
se blindando contra os vazios que nunca desistem de tentar entrar.
E como num clipe sem nexo observamos tudo ao nosso redor se
passar, tudo muito rápido, assim como uma desilusão barata.
Almejamos, queremos e a pergunta por trás destas vontades é:
O quê?
E mesmo sem saber, exatamente, o tamanho do infinito dos
nossos pensamentos e das conseqüências de tudo o que
fazemos não queremos nada de mais, apenas paz.
Paz pra poder seguir em frente e sair à busca da pessoa certa,
não que ela, realmente, exista, mas sim pela necessidade de
se acreditar em alguém que nos complete.

Jonathan Saramago

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Instantes de reflexão

Sonoro silêncio, maravilhosa musica da alma.
Faz muito bem ouvir as batidas do coração.
Com passos firmes no chão caminhamos,
seguindo o ilustre. Vamos atrás.

Sem dúvida o vento lá fora arrasta as
folhas velhas, passeia por diversos lugares,
sussurra nos ouvidos daqueles – sábios aqueles.
Contudo o vento não tem força pra certas coisas.

No intuito e na perseverança do obvio brilhar,
as cinzas caídas mostram o quanto se perde
tempo tentando ser algo que nunca será.

Resta apenas nos levantar desta mesa de bar,
ir de encontro à vitrola e fazer o favor de
trocar o disco, pois já passou da hora.

Kaio Bueno

domingo, 4 de outubro de 2009

Breve e Incerto.

Esqueça por um minuto o mundo a sua volta.
Esqueça o que você sabe que sabe.
Às vezes é preciso acreditar naquilo que não está exatamente lá.
Um sonho diurno para noites melhores,
um conto de fadas em que a vida é corrida e preocupada e que ao termino
nem tudo é feliz para sempre.
Certo ou não, sempre é mais fácil acreditar naquilo que não está lá, e escrever
sobre as coisas que não existem excluindo o sórdido e a dor, é bem mais fácil
escrever sobre o que não está lá, pois tudo fica mais bonito quando é fielmente sonhado.

Kaio Bueno

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Deixa como está

Chega. Vem. Só assim, quem sabe,
eu possa me sentir melhor.
Abraços apertados me tranquilizam,
a sinceridade do sentimento trás um
certo conforto. Sereno.
O samba traduz o momento,
do molejo à discontração.
Encantado, vejo.
Ninguém sabe, mas não custa nada tentar.
Do que reclamar?
E tudo parece tão perfeito.

Jonathan Saramago

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sem motivo ou causa.

Essa noite tive um sonho estranho.
Havia alguém que uma vez conheci,
Imagem fosca de uma alma distinta.
Olhei de um lado para o outro,
Não sinto medo nem curiosidade. (Não sinto nada.)
Ausência de sentimento de qualquer espécie, o oco.
Não me estranho: Chegou o fim desse amor em um incêndio fatal,
E assim como em Roma nada sobrou além de carvão.
O dia amanhece, entro no sol e atravesso meu coração vermelho e cálido.
E acordo em um campo que poderia também ser o mar.

Kaio Bueno

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma viagem

Com os estalos rumo-me para
outro sistema. Flutuante e distante.
Enxergo tudo, mas temo em
querer ver a nitidez nos traços.
Faço isso pela ausência de algo ou
alguém, acho.
Não é uma sabia escolha, contudo
não resta nada – triste.
E no dia em que eu voltar espero
encontrar preenchido todos esses
espaços, amplos e vagos.

Jonathan Saramago

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Otimismo daqui pra frente

O entra e sai, a rotina caótica
e o desespero tomam conta das
pessoas.
Em um mundo conturbado e
sombrio, vemos as coisas cada
vez mais distantes.
Na incerteza de encontrar um
porque para o que vemos,
agimos e sentimos.
Vamos atrás do que já é
esperado.

(Confuso e em falta).

Entretanto, mesmo depois de
tudo meu coração se mostra,
por enquanto, vazio de amor,
mas cheio de esperança para
adiante.
Sempre avante, pois logo ali
vejo a saída do túnel.

Jonathan Saramago

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aqueles que nos cercam

No deslize ganho força. E o prejuízo
nem se compara com a grandeza
do conhecimento adquirido.
Isso me deixa preparado para os
próximos que virão, mas acho
que tudo isso de nada vale, pois,
como sabemos, cada experiência
é uma nova emoção.
Levo uma certeza: Viver.
Magnífica mistura de prazeres
e desilusões, recheada de temperos
tristes e alegres, que nos fazem
descobrir a cada dia um pouco de nós
e, muito mais, um pouco dos outros.
Outros esses que são as pessoas que
nos cercam e que fazem a vida, ao
nosso redor, girar.
Os falsos e verdadeiros amigos.
As pessoas que nos amam e que
também amamos.
As pessoas que nos odeiam e que
também odiamos.
Todos aqueles e até os mais estranhos.
Ou então, tudo isso vice-versamente visto.
Viva!

Jonathan Saramago

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Conversa com o 'Copo'

Debaixo desta lua exuberante,
protegido por um chapéu pantaneiro
e escrevendo em um papel amassado e
queimado faço meus humildes
versos.
Embalado pelo trago de uma bebida
vinha e pela companhia de meus fieis
amigos contemplo a existência de um
instrumento de cordas que revela
através de seu tocador o som do
coração.
O Tum tum tum mostra ser bastante
sereno se comparado com as batidas de
um falso coração movido por sangue
postiço.
Enfim busco sempre o verdadeiro e
em atingir minhas metas, por isso
conto com todos aqueles e aquelas.
Seguindo minha trajetória pré-destinada
por algo ou alguém, almejando sempre
o infinito.
Salve!

Jonathan Saramago

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tente e arrisque

A luz que se apaga, a ideia que não para
Sempre a mil, na velocidade do som
Que dita o tom e o ritmo do Amor
Desistir sem insistir
Fracassar e se orgulhar
Nunca vai saber se seu traseiro
não mexer
Tente e arrisque
E tenha como consolação,
o tombo que não passa do chão.

Jonathan Saramago

domingo, 19 de julho de 2009

Não há música, nem silêncio.
Há apenas o sentimento.
(Sim, eu sinto.)

Kaio Bueno

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dentro da prisão

Os dias vão-se passando.
Vão-se as coisas e ficam as pessoas.
Algo totalmente oposto do
que nos foi proposto.
Em um ritmo oblíquo
a vida segue.
Segue martelando em nossas
cabeças, fazendo-a doer só de
pensar. Como dói.
E na prisão do dolorido pensamento
vemos o vento assoprar a vida
lá fora. E a brisa resultante
apaga a chama da esperança.
Se ela é a ultima que morre,
Quem nos levará embora?

Jonathan Saramago

domingo, 12 de julho de 2009

Levante-se

Não fuja da fraqueza, você tem duas opções:
Lute ou Faleça.
Não fique em silêncio por algo que pode durar 10 segundos
ou às vezes uma eternidade.
Porque não tentar agora?
E onde você está?

Kaio Bueno

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fraqueza

Belo trago que me trouxe o indago
com o desaparecer da fumaça e o
aparecer dos bandos.
Situação de controvérsias que fez
alguém pegar no tranco. Empurrando
sua personalidade para o precipício,
fazendo sair faíscas de um mundo
cada vez mais individualista.
Uma pessoa saiu de si e caiu em risadas.
Rindo do nada. Tirando sarro das caras
e das piadas ali contadas.
Oh mundo cruel que nos pega de surpresa
Buscando acertar sempre a minha,
a sua, a nossa fraqueza.

Jonathan Saramago

domingo, 5 de julho de 2009

Assim

Fragmento de um todo à sua frente
Porção sem valor com uma inestimável
riqueza interior
Ninguém da nada, mas você da tudo,
tudo, tudo...
Insignificante a olho nu, porém,
grandioso perante os olhos do coração
Haja imaginação para criar algo tão
admirável e incompreensível
Ser é uma questão
Querer é outra
E entre elas você, assim.

Jonathan Saramago

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Alucinante momento

Alucinante momento, fulminante e pulsante pensamento.
Muitas vezes sóbrio não consigo enxergar e por incrível
que pareça chapado minha mente começa a brilhar.
Fico encantado, deslumbrado e confuso como as coisas acontecem.
Após uma virada de vodka idéias fervilham. Penso,
imagino e suponho coisas irreais, muitas vezes fazem sentido,
mas devido a falta de equilíbrio minha cabeça começa a girar,
Egocentrismo no doze.
Mas não é porque eu quero, mas é porque eu espero que as
coisas venham a melhorar.
Não sei se isso é improvável, espero que sim, talvez que não,
na verdade tanto faz.
Ocupada e girando, pensando ela está.
Loucura, situações que sozinho nunca ficarei, pois sei que
meus amigos estão ali para me ajudar.
Brilha a ponta e a fumaça se desfaz. O vento assopra e a hora
de ir embora se aproxima. Confuso pensamento/sentimento.
Sinto-me tão bem longe de meus problemas. Esqueço que a vida é Foda.
Apavora-me a hora de ir. Chegar ao fim é sempre ruim. Porque o adeus?
Mas nunca se esqueçam, sempre estaremos prontos para mais uma.
Seja a hora que for, seja o que for...
Sempre, sempre.
Breve momento que tudo caminha tranquilamente.
Até o balançar do ônibus não me afeta, e o que realmente
interessa é o encontro de tudo. Tudo!
Depois de tudo a suave voz me acalma, relaxa a alma.
E o sono trás toda a paz que o caótico ser vivo procura.
Pura loucura.
E o alucinante momento com um pulsante
pensamento acaba. Triste essa hora
que, os olhos fecham e,
tudo isso vai embora.

Jonathan Saramago

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Tempo

Os ponteiros a girar, o pêndulo a balançar,
o cuco a cantar.
Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac.
É revoltante como o tempo é incômodo
e agradável.
Como pode ser? O tempo faz acontecer.
Rápido. Lento. Um tanto turbulento.
Confuso e sutil, assim como o vento que
de repente assopra de fora para dentro
e te leva para um estado. Tudo parado.
Menos o tempo.

Jonathan Saramago